Teresina volta a registrar caso de influenza H1N1 e órgão de saúde alerta para retorno do vírus.
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09/03/2023 06H25

Testes de Influenza — Foto: Procon/MS/Divulgação
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Desde 2020, a capital não registrava casos do vírus.
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O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) confirmou nesta quarta-feira (8) um caso confirmado de influenza H1N1 em Teresina. Desde 2020, a capital não registrava casos do vírus.
O vírus foi detectado em um paciente idoso, atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite, com quadro de insuficiência respiratório aguda, no dia 8 de fevereiro. O paciente recebeu alta com melhora clínica, após 11 dias de hospitalização.
O Laboratório Central de Saúde Pública no Piauí (Lacen-PI) comunicou o resultado positivo na última sexta-feira (3), após teste em um swab nasofaríngeo, dentre 101 amostras testadas no mês de fevereiro.
Anteriormente, o Comitê de Operações Especiais (COE), da Fundação Municipal de Saúde (FMS), havia sinalizado para um aumento das internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Teresina, na sexta semana epidemiológica de 2023 (5 a 11 de fevereiro).
Diante do cenário, o CIEVS alerta para o retorno da circulação do vírus H1N1 na cidade e reforçou medidas a serem tomadas, como:
A necessidade de coleta de amostras de swab nasofaríngeo em todos os pacientes internados por SRAG na rede pública ou privada, para realização de testagem ampla para vírus respiratórios, abrangendo SARS-CoV-2, Influenza A (incluindo H1N1), Influenza B, parainfluenza, adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório, dentre outros; as amostras devem ser encaminhadas ao Lacen-PI independente da realização ou do resultado do teste rápido de antígeno para SARS-CoV-2;
Atenção às indicações de prescrição do antiviral fosfato de oseltamivir e de medidas de precaução preconizadas pelo Ministério da Saúde;
Adesão à etapa 2023 da campanha nacional de vacinação contra a gripe - a ser iniciada no mês de abril.
Sintomas da gripe H1N1.
Tosse, febre e dor de garganta são sintomas da Influenza H1N1 — Foto: Paulo Dutra/G1 AM
Os principais sintomas são febre de início súbito, acompanhado geralmente por tosse e dor de garganta. Alguns pacientes também podem apresentar dor de cabeça, dor no peito e no corpo, coriza ou “nariz entupido”. Nos casos que evoluem com gravidade, falta de ar é o sintoma mais comum. Em crianças, que não sabem referir os sintomas, é importante observar prostração, recusa alimentar, irritabilidade e dificuldade para respirar.
No período de inverno, toda pessoa que apresente febre de início súbito, com tosse, dor de garganta e outro sintoma como dor no corpo, dor nas articulações, dor de cabeça ou dor no peito, deve procurar atendimento médico o quanto antes.
Alguns grupos têm maior risco de apresentar sintomas graves, como crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas (pós-parto), indivíduos com mais de 60 anos, pessoas portadoras de doenças crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca, obesidade e asma, pacientes imunossuprimidos ou que estejam fazendo uso de medicações imunodepressoras (que diminuem as defesas do organismo), como corticoides ou quimioterapia.
Diagnóstico e tratamento.
A vacina protege contra as influenzas A (H1N1), A (H3N2) e B — Foto: Arquivo g1
O diagnóstico da gripe H1N1 é basicamente clínico, ou seja, baseado nos sintomas descritos pelo paciente. O médico pode solicitar exames de sangue, raio-x de tórax, tomografias e outros. Existem testes rápidos que apontam a presença do Influenza, mas, segundo o infectologista, eles não são definitivos.
Já o tratamento é feito com medicamentos antivirais e tem melhor
resposta quando iniciado até 48h após inicio da febre. O paciente nunca deve se automedicar sem a orientação de um especialista. Em casos graves ou em pacientes de maior risco, a pessoa infectada pelo vírus pode ser internada para tratamento em UTI.
Prevenção.
Lavar as mãos — Foto: Divulgação
A principal medida de prevenção é a vacinação anual. Todos podem receber, exceto crianças com tempo de vida abaixo de 6 meses. Outras maneiras de se prevenir contra a doença são:
Higienização das mãos com álcool gel a 70% ou água e sabão;
Utilizar lenços descartáveis ao espirrar, tossir ou falar e sempre jogá-los no lixo após o uso;
Não manipular objetos usados por uma pessoa doente e se o fizer, higienizar sempre as mãos logo em seguida;
Pessoas doentes devem permanecer em casa, evitando ir ao trabalho ou à escola;
Caso os lenços descartáveis não estejam disponíveis, use a região do cotovelo ao tossir ou espirrar e não as mãos.
Categoria:NO MOMENTO